sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Honey I rose up from the dead, I do it all the time

 "Adam Valiokos trai o marido e agente Ludwig Shakarov com amiga."
"Famoso cantor pop, conhecido por ser casado com o agente, é visto com amiga aos beijos"
"Adam Valiokos e Elinor Roberts flagrados no motel."
"Ludwig Shakarov, agente e marido de Adam Valiokos, é traído por ele e por amiga-da-onça."


O moreno de olhos azuis olhava com um sorriso mórbido para a tela do computador, a qual apresentava milhares de abas abertas com manchetes de tablóides sensacionalistas de toda o país. Em todas ele estava presente.
Sorria, um sorriso amargo e vitorioso. Havia acabado com as carreiras de Adam e de Elinor por vingança, e ainda saíria como a vítima da história. O pobre agente e marido, apaixonado e ignorante de como Adam Valiokos e Elinor Roberts faziam dele um corno.
Ninguém saberia como aquelas fotos e vídeos haviam ido parar nas mãos de todos os jornais. Ninguém saberia como ele havia alertado todos os papparazzi do encontro dos dois na noite anterior e dado acesso para que tivessem os melhores ângulos.
Elinor, que era sua amiga desde a infância acabara com sua vida ao seduzir seu marido por pura inveja. Adam, que havia crescido como profissional por meio de seus esforços e casara consigo por interesse. Tanto trabalho para que Ludwig os derrubasse como quem sopra um castelo de cartas.
Já havia soltado uma nota na imprensa avisando que, por conta da traição, a empresa da qual era presidente e acionista majoritário, estava encerrando o contrato da atriz queridinha de todos e do cantor de sucesso. Que ambos não poderiam ser confiados, uma vez que traíam o melhor amigo e marido.
Além, é claro, de ter feito algumas ligações, por baixo dos panos, impedindo que os dois encontrassem agências de qualidade no país. Ludwig tinha poder e sabia muito bem como utiliza-lo.
Ele havia sido moldado assim pelos dois. Havia se tornado esperto e resiliente com o tempo e com as sacanagens que os dois haviam aprontado consigo na sua frente. Cansara das traições de Adam e da falsidade de Elinor.
Agora ele seria a estrela dos pesadelos dos dois.
Principalmente porque Adam estava proibido de entrar na mansão e todas as suas coisas, prêmios, livros, roupas, sapatos e cd's, até o computador, haviam sido colocados em sacos de lixo na rua. A essa altura já teriam levado tudo do loiro.
E Elinor estava sendo massacrada em todos os programas de televisão com os áudios em que chamava Lui de "perdedor", "corno", "imbecil" e demais variações. Sem contar os áudios de sexo por telefone com o amante. O agente se diveria demais vendo como o país inteiro ficava contra alguém que, até agora, era adorada.
Já havia recebido ligações. A gravadora queria rescindir o contrato de seu marido (logo ex) e os produtores da série que Elinor estava protagonizando queriam desliga-la.
O celular de Ludwig tocou, com a foto de Elinor. Ah, a vadia queria dizer algo? Foi com um sorriso enorme que atendeu a ligação. Não, sem antes, colocar para gravar.
"O que pensa que está fazendo, seu viado de merda? Porque não tem capacidade de segurar seu homem, você pensa que pode destruir minha carreira, seu lixo? Você não é nada sem mim, Ludwig! Sem a minha imagem a sua agência vai acabar!" A ruiva gritava do outro lado da linha e o empresário precisou afastar o aparelho do ouvido. Não precisava de surdez por conta da vagabunda.
"Elinor, sejamos realistas. É exatamente o contrário. Você não é ninguém sem a minha agência, e, agora, sem agência nenhuma." sorria mórbido, brincando com uma mecha do cabelo longo. "E eu não sei como tudo isso vazou, mas tenha certeza de que eu estou tão surpreso quanto você. E chocado."
"Foi você! Eu sei que foi você, Ludwig!" A voz de Elinor já estava rouca. Talvez ela houvesse tido uma crise de diva antes de decidir ligar para ele. Quem sabe. "Só você sabia que estava sendo chifrado por mim e por Adam! Você se expôs a tudo isso? É um idiota, mesmo. Seu pai teria vergonha de ter um filho que, além de viado, expõe o nome da empresa!"
Mordeu o lábio, respirando fundo. Sim, ela estava certa, mas isso não dava o direito da mulher falar aquilo.
"Não temos nada mais o que falar, Elinor. Você traiu minha amizade e confiança. Se quiser ficar com Adam, fique à vontade para recebê-lo de vez em sua casa. E espere a notificação dos meus advogados contra você por injúria." fechou os olhos azuis "Seu contrato está rescindido. Já tem em conta tudo que estava devido a você. Nunca mais apareça na minha frente."
"Ludwig..."
"Eu tenho que desligar agora, não temos mais o que falar."
E o fez, sentindo-se drenado por baixo de toda a satisfação de ver a atriz caíndo em cima de toda a merda que o havia feito passar. Mas ainda tinha que encontrar Adam, e, por seus cálculos, ele estaria chegando a qualquer momento.
Ainda teve tempo de um chá e de verificar mais e mais notícias que saíam. Todas elas colocando-o como a vítima inocente das armações do cantor e da atriz. Mal sabiam eles que fora o próprio Ludwig que expora, numa situação digna de Hephaestos expondo os amantes Aphrodite e Ares.
Diferente de Hephaestos, o moreno não aceitaria Adam de novo, mais uma vez.
"Ludwig!" ouviu a porta ser aberta e o loiro passar pela mesma, acompanhado dos seguranças da empresa. Fez um sinal para que saíssem e esperassem na porta, indicando para o loiro que se sentasse, o que foi ignorado.
"Gostaria de chá, Adam? Esse tchai indiano novo que eu comprei é maravilhoso..."
"Corte a porcaria! Você vai desfazer tudo o que fez!"
"O que eu fiz ou o que você me fez fazer, meu amor?" sorriu cínico, vendo o loiro engolir em seco.
Adam sabia que seu marido, um dia, cometeria uma loucura. Só não pensava que seria uma dessas. Uma loucura que acabaria com sua carreira de forma definitiva.
"Assim como Elinor, seu contrato está rescindido, Adam. Tudo que a empresa devia a você será pago. E o divórcio chegará por meio dos meus advogados. É bom que tenhamos nos casado em separação total de bens, certo?"
O loiro ficava cada vez mais pálido e Lui temeu que ele acabasse tendo uma síncope ali mesmo. Não queria ser viúvo de um imbecil.
"Parece que você se aproveitou do meu amor e da minha confiança, Adam, mas eu aconselho a checar duas vezes a sua próxima vítima. Com sorte ela não será tão esperta e precavida quanto eu. Agora, vamos cortar todo o drama." Levantou-se, caminhando até a janela e respirando fundo, escondendo a dor no fundo do coração.
"É melhor você entender que eu sou só um agente do Karma nessa situação, amor. Eu vou receber o meu, você receberá o seu e Elinor o dela, ninguém vai escapar. Se quer um conselho, suma da mídia, antes que seja pior. Não vai mais encontrar nenhum tipo de contrato, sinto muito." sorria para o loiro.
"Você não pode fazer isso comigo, Ludwig! Eu sou o seu marido!"
"Não mais. Agora saia da minha sala, da minha empresa e da minha vida. Suas coisas foram deixadas na rua de casa, se tiver sorte ainda encontrará algo." riu baixo com o loiro o amaldiçoando e ofendendo. "Eu te amei, Adam. Abri minha vida e você me trancou para fora. Faça bom proveito do Karma."
Foi deixado sozinho na sala. Uma única lágrima solitária escorreu por seu rosto, sendo limpa imediatamente.
Elinor e Adam haviam recebido o que mereciam, Ludwig esfregaria na cara deles o que eles o haviam feito fazer.

"Desculpe, o antigo Lui não pode conversar agora. Por quê? Ah, porque ele está morto."

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Desafio 5 - Morte - Guinea Pig

Jin havia aparecido com um pequeno pacotinho de papel no apartamento de Jack naquela tarde de reunião para definirem as letras do novo CD. O que era estranho, uma vez que haviam furinhos no mesmo e o dito pacote se mexia, de vez em quando.

Só depois foram descobrir que o baixista havia comprado um filhote de roedor. Um porquinho da índia, para sermos mais específicos.

Arata fizera cara de nojo, Jack rolara os olhos, assim como Teruo. Fora Takeo quem exprimira o pensamento de todos:

"É um rato. Não importa por onde eu olhe, só vejo um rato."

"Não é um rato! Pochi é um porquinho da índia, logo ele vai ficar com o pelo enroladinho, vai ser muito fofo!"

"Vou trazer o Maru. Espera aí." o baterista sorriu de canto, se referindo ao seu gato, adquirido depois que Kami morrera. Escorpiões não duram muito, afinal.

"Jack, não seja maldoso! Maru chan ficaria com nojo de um rato!" O guitarrista moreno sorriu, acendendo um cigarro, andando para a varanda.

"Jin, realmente... manda isso embora." começou Arata, torcendo o rosto. Não queria viver em um apartamento com uma ratazana gigante. Por mais fofa que fosse, quando ficasse maior e peluda. No momento, o filhote era só um rato pelado.

"Primo! Merumo é um ótimo porquinho!"

"Merumo? O nome dele não é Pochi?"

"Não, o nome dele é Shinji!"

"...... Chega, Jin. Você vai mandar ele embora. Trevas não vai se dar bem com ele. Merumo. Shinji... Pochi, enfim. O nome dele não importa."

E continuariam discutindo sobre  o nome do pequeno porquinho da índia, largado sobre a mesinha de centro do baterista, se não fosse o aparecimento de Maru.

Lembram-se dele? O gato de Jack, falei dele ali em cima, mais cedo nesta narrativa.

O bichano lambeu os lábios quando viu o pequeno roedor em cima da mesa e seu dono ocupado demais rindo da cara do humano estranhamente alto, assim como os demais. Por isso mesmo, em três saltitos, o gatinho o abocanhou, saindo dali correndo.

"Maru!" o gato ouviu seu humano gritar "Solte já isso, você vai ficar doente!"

Maru correu para a varanda, para seu castelinho de papelão (Jack era um ótimo humano, sempre fazia suas vontades!), mas foi parado no meio da escalada por Teruo.

"Te pegue---" o guitarrista parou de falar. Com o susto, o gato cuspira o filhote de porquinho da índia, que rolara pelo parapeito para fora da varanda.

Estatelando-se no chão, quatro andares abaixo.

Em um piscar de olhos, a P"Saiko inteira estava se debruçando na parede baixa, olhando para o chão. Uma senhorinha havia parado, vendo o pequeno defunto lá embaixo.

"Morreu?" a voz de Jin saíra tremida, ao que a senhorinha respondera com um "Morreu."

"Não fique assim, Jin. Nós podemos dar um enterro decente para ele." Arata tentou ajudar, mas fora cortado por Takeo.

"É, jogamos ele no vaso sanitário e daremos descarga ao som da marcha fúnebre." gemeu ao sentir uma cotovelada em suas costelas.

E Jin até iria responder, se um outro gato lá embaixo não tivesse passado, recolhendo a ex-presa de Maru. A cena fez com que um minuto de silêncio se passasse, com todos se entreolhando, dado o absurdo da situação.

"Ahn... alguém quer cerveja?" o baterista tentou, dando de ombros.

Saíram da varanda, deixando o pobre baixista olhando com cara de nada pro ponto no chão onde, até um minuto atrás Cocoa estivera.

E em um mundo ideal Jack não seria insensível, Takeo não seria uma peste, pão francês seria pão francês em todo lugar e eu saberia terminar fanfic.

Mas o Jack ainda tem a sensibilidade de uma porta, Takeo é um besta, pão francês é cacetinho e eu escrevi essa história porque eu já matei meu porquinho da índia derrubando ele do quarto andar.

Fim.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Desafio 4 - Ciúmes - Breatheless

Ludwig olhou para o celular tocando em cima do criado-mudo. O nome no visor trazia-lhe péssimas recordações, péssimas memórias.
E tudo estava se repetindo.
"Lui, o que foi? O que tá aconte---" Adam parou na porta do banheiro, uma toalha em seu quadril, a outra secando os cabelos loiros e curtos. Os olhos verdes se arregalaram quando o namorado virou-se para si com um sorriso amargo no rosto pálido e bonito, de lindos olhos azuis. A franja negra caía-lhe na face, dando-lhe um aspecto selvagem.
"Elinor. Ela está ligando para você. É melhor atender a vadia. Pode ser que ela esteja te chamando para transar de novo, amor." a voz era carregada de sarcasmo. Elinor e Adam haviam o traído, meses antes. Adam viera implorando perdão e Ludwig o concedera. Era melhor tê-lo para si com os erros do que perdê-lo para aquela que sempre se dissera sua melhor amiga, mas não perdera uma oportunidade de enfiar-lhe chifres.
"Lui, não é o que você tá pensando..." o loiro ainda tentou, se aproximando da cama onde o namorado estava, mas o celular atingira-lhe o peito, caindo aos seus pés. Adam sabia que o que estava fazendo era errado, que ele não deveria enganar o namorado, jurando que terminara seu caso com a garota, mas não conseguira. Era fraco e canalha. Elinor o seduzia e jogava consigo, fazendo com que se rendesse a ela.
E seu Lui notara isso. Notara que ele não estava ali sempre, que passava tempo demais fora de casa, que sorria para mensagens e fugia dos toques do rapaz de cabelos negros.
"É com ela que você está me enganando, seu filho da puta?" a voz do rapaz mais novo erguera-se umas duas oitavas, e logo ele estava na frente de Adam, segurando seu rosto, os olhos injetados, o rosto contorcido em uma máscara de fúria e tristeza.
Doía. E Ludwig começava a se arrepender de ter dado uma chance para o loiro inglês. Arrependia-se daquela maldita relação onde ele era sempre traído.
"Ludwig! Não é nada disso! Eu não estou te traindo! Eu não faria isso com você de novo." Queria soar convincente, mas não conseguia. E a falta de coragem para encarar o moreno falava isso. Sentiu suas costas baterem contra o colchão e logo o mais novo estava em cima de si, beijando-lhe com fúria. As unhas arranhavam seus braços, subindo para o rosto, para os cabelos, puxando. Os dentes mordiam-lhe os lábios, arrancando sangue. "ARGH! Lui, o que..."
"Cala a boca! Você é meu! Eu tenho a porra de uma tatuagem com o seu nome! Eu casei com você, seu merda! Você é meu, não é dela! Foi para mim que você voltou! Por que continua procurando Elinor?" gritou, levantando-se e indo até a cômoda, jogando tudo que havia nela no chão. O banco em frente ao móvel foi parar na parede do lado oposto ao cômodo. E logo os criados estariam ali.
"Eu não sou seu! E é por isso que eu procuro a Elinor! Ela não me sufoca como você faz! Seu maluco!" Adam ergueu-se, temendo por um momento, quando os olhos azuis de Ludwig encontraram-se com os seus.
Um piscar de olhos depois e suas roupas voavam pela janela e Ludwig gritava consigo. Culpava-o por ter deixado-o daquela forma, quebrado e doente. Gritava que Adam só tinha sucesso hoje porque fora ele, Ludwig, quem o guiara.
E Adam gritava de volta, dizendo que ele poderia muito bem seguir sem o moreno. Que ele era capaz de ser famoso sem o grande Ludwig. Sem o grande agente prodígio.
Gritaram até não mais quererem, seguraram-se e choraram. Machucavam um ao outro para simplesmente terem o que e quem culparem depois.
Ludwig jogou Adam contra a parede, envolvendo os braços contra o pescoço do maior, aproximando os corpos, correndo os lábios por seu rosto, os olhos fechados e as lágrimas escorrendo por suas bochechas. A voz saiu quebrantada, enquanto ele sentia as mãos do marido em seu quadril.
"Esquece a Elinor... eu sou tudo que você precisa, Adam. Eu sou seu... e você é meu... só meu. Eu vou fazer você só meu." murmurou, afastando-se só um pouco para descer os lábios até o pescoço e tórax, deixando pequenas marcas na pele bronzeada do outro.
E Adam suspirou, olhando para o teto, deixando-se levar pelo moreno de olhos azuis. Adam sentia-se preso quando estava com Lui. Os ciúmes que o rapaz tinha eram fundados e por isso tornaram-se doentios. Adam sabia que um dia o mais novo cometeria uma loucura, e que ele mesmo dava-lhe motivos para isso. Só que até lá, ele viveria naquela doce loucura.
Porque os ciúmes de Lui eram doentios e o próprio Lui era controlador. E por isso mesmo ele o amava.
Se Adam tivesse que escolher... ele escolheria Lui de novo, o pesadelo vestido de sonho.
Seu doce problema.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

Desafio 3 - Drama - I Adore U

"I Adore U" é uma música de Adore Delano e foi a inspiração para que esta cena saísse. É altamente recomendável que se leia escutando ela.
Vocês podem acessar aqui: https://www.youtube.com/watch?v=wmV62-f-xnU


Ele sabia que não poderia ser pra sempre. Ryuutarou não acreditava em segundas chances. Não acreditava em finais felizes. Só acreditava que levar aquela situação adiante havia sido perda de tempo. 

Não adiantava tentar quando a relação estava desgastada. Quando as coisas já não eram mais as mesmas.

Quando o amor não mais existia. 

E Ryuutarou duvidava que o mesmo tivesse, algum dia, existido. Mesmo tendo passado tantos momentos juntos, mesmo tendo superado tantos obstáculos, o moreno duvidava do sentimento.

E isso era o suficiente para saber que estava acabado.

"É assim que isso vai terminar?" a voz do rapaz do outro lado do quarto soou baixa e inquieta. Como se ele estivesse muito magoado. Como se ele tivesse motivos para sentir-se magoado.

"Você fez sua escolha, e eu não estava incluído nela." abaixou o rosto, segurando as lágrimas. Lágrimas de dor, de arrependimento.

Porque o outro seguiria em frente facilmente. Quem ficaria para trás machucado e ferido seria Ryuutarou.

Trair fora a solução mais fácil. Deixar que o jovem de cabelos longos o encontrasse na cama deles com um desconhecido fora mais fácil do que enfrentar a situação. Dar as costas para o problema sem olhar para trás, para tudo que eles haviam construído, havia sido a solução encontrada.

Ryuutarou se entregara demais, confiara demais, mesmo sabendo que seria machucado no final. Ele já havia visto aquele filme incontáveis vezes.

"Ryuu... sinto muito por tudo. Eu não queria que fosse assim. Não queria que tivesse chegado a este ponto." aproximou-se do menor, fazendo menção de tocar em seus cabelos, como sempre fazia.

Rejeição. O pequeno se esquivou como se houvesse sido queimado, machucado seriamente.

"Eu sei. Só foi o mais fácil, não foi?" ergueu os olhos, um sorriso irônico em seus lábios, as lágrimas que ele não queria deixar cair na frente do outro. "Você pode vir buscar o resto das suas coisas semana que vem, que é quando eu vou estar fora. Vá embora."

O maior não se moveu, no entanto. Só quando o garoto gritou mais uma vez, parecendo estar à beira de um ataque de nervos, foi que ele se moveu, pegando sua mala e saindo do quarto, em direção à porta de saída.

"Eu não mereci você, Ryuutarou. Sinto muito."

Uma batida da porta e Ryuutarou poderia jurar que ouvira seu coração caindo no chão e se partindo.  Deixou-se despencar de joelhos no meio do quarto, as lágrimas correndo pelo rosto e manchando a pele com a maquiagem dos olhos. As mãos tremiam violentamente, mesmo que tentassem secar as lágrimas.

Duvidava que o outro sentiria sua falta. Falta dos abraços e dos momentos compartilhados. Dos risos e lágrimas, das dores e das alegrias. 

E ainda havia tanta coisa para ser dita... tanto que ele queria falar, do fundo do coração. Agora só lhe restava murmurar para o nada, para o quarto vazio e silencioso.
"Eu adoro você..."


Nota: Enferrujada. Estou enferrujada! Nem mesmo minhas cenas de drama saem com facilidade! D: Argh! 
Besides, quem foi um fdp com o Ryuu? Não sei, fica pra imaginação de vocês.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Desafio 2 - Romance - Rush Rush

Jack olhou o salão de baile, vendo as pessoas dançarem e rirem, vendo sorrisos e brilhos... tudo aquilo que ele não estava acostumado e, do fundo de seu coração, jamais estaria.

Era até meio ridículo, mas o jovem baterista da P'saiko sentia-se invejoso por não poder estar ao lado de quem amav--- gostava. Eles tinham uma maldita reputação a manter e seus sentimentos não eram correspondidos da maneira que ele gostaria.

Por isso mesmo era mais fácil fingir que nada o atingia e que nada sentia.

Pegou a taça de vinho, saindo do lugar e indo até a grande e espaçosa varanda, para onde nenhuma viva alma iria com aquele frio de meio de inverno.

Havia sido mais fácil fingir não se importar quando o outro havia aparecido com uma modelo linda, dizendo que precisavam fingir. E que a tal ajudaria.

Malditos. Como se Ryuutarou não soubesse que a imprensa começava a desconfiar de algo.

Mas por que eles não podiam simplesmente serem como Arata e Takeo, que falavam não ter nada e tudo ficava por isso mesmo?

Não. Com Ryuutarou tudo tinha que ser mais complicado.

Estremeceu, abraçando-se para se esquentar um pouco, observando as luzes da cidade. Tão bonitas e distantes.

"Não acha que está meio frio para ficar qui fora no frio? Não precisamos de um líder gripado."

"Se é isso que te preocupa, pode ficar tranquilo. Eu não adoeço tão facilmente."

"Idiota. Eu me preocupo com você. Acha que eu não vi como você parecia triste lá dentro me vendo dançar com a Megumi?"

"Vocês pareciam estar se divertindo. Não quis incomodar." Deu de ombros, desviando o olhar coberto pelas lentes de contato vermelhas. Sentiu o maior segurar sua mão e começar a envolve-lo em uma dança lenta, acompanhando a música que vinha do lado de dentro.

"Hey! Que tá fazendo? Eles vão nos ver! A imprensa vai falar um monte de bobagens e..."

"Shiu, Ryuu. Eu não me importo. E tenho certeza de que o meu namorado vai saber dar uma boa desculpa." Uma piscadela e o baterista sentiu-se corar de vergonha e carinho.

Sorriu de leve e contido, começando a se mover também, encostando a cabeça  no ombro do guitarrista moreno, a voz saindo baixinha. "Eu te odeio, Yuura."

Teruo riu, rodopiando com Ryuutarou, realmente não se importando com o que o baterista dizia. Ele entendia o que estava nas entrelinhas.

"Eu sei, Ryuu. Eu sei."

Fim.


Nota: Romance brega e água com açúcar. Nada bonitinho ou romântico, aliás.

Desafio 1 - Comédia - Once Upon a Time...

Pela estrada fora eu vou bem sozinha
Levar esses doces para a vovozinha
Ela mora longe e o caminho é deserto
E o lobo mau passeia aqui por perto
Mas à tardinha, ao sol poente
Junto à mamãezinha dormirei contente


Chapeuzinho Vermelho caminhava pelos bosques naquela gloriosa manhã de primavera, sua cestinha com doces sendo carregada em uma das mãos, balançando o vestidinho de rendas e a capinha vermelha, o bosque jamais havia parecido tão bonito e...

"Chega." a voz grossa e baixa do baterista da P'saiko soou irritada. Mais irritada do que era considerado seguro.

"Mas Jack, isso é um conto de fadas! Vai me deixar terminar de narrar ou não?" Takeo rolou os olhos, chegando perto do cenário, onde algumas árvores haviam sido pintadas à mão pela banda. Por que eles estavam fazendo aquilo?

Ninguém tem nem ideia.

"Alguém me lembra de novo porque eu sou a Chapeuzinho Vermelho? E onde foi que vocês conseguiram essa fantasia, na sex shop?" o moreninho de cabelos compridos reclamou, notando que se respirasse, a saia subia uns bons dois palmos.

"Quem conseguiu as fantasias foi o Tersushii. Agora para de reclamar e volta pra lá!" Takeo passou as mãos pelo rosto. Aquilo ia ser difícil.

"Mas por que eu tenho que ser a vovozinha?" A voz do vocalista soou inconformada ao lado do namorado. O guitarrista ruivo teve que segurar uma crise de risos ao ver Arata com uma nada-sexy camisola de babados, touca e chinelinhos de ficar em casa. E Hayato notou a força que o namorado fazia para não rir, estapeando-lhe o braço. "Takeo!"

"Por que eu não posso ser o vilão?" Jin também estava inconformado. O caçador era o herói, mas ele não queria ser o herói. Ele queria ser o vilão, e o Lobo era um ótimo vilão.

"Jin, vem aqui." Teruo passou o braço pelos ombros do jovem baixista, a voz com uma calma muito suspeita. "Quando esses contos foram criados, eram para mostrar às crianças que elas não deveriam sair sozinhas pelas florestas e bosques sem seus pais. O Lobo nada mais era do que um homem mau." os olhos escuros de Jin se arregalaram ao ponto de ficarem parecido com pires diante de tal revelação "E você sabe o que os homens maus fazem não? Então você acha que eu deixaria você comer o Jack?"

Shibuya balançou a cabeça, negando. Teruo apenas sorriu.

"Acho melhor trocarmos de conto de fadas." Takeo largou o script no chão, indo até uma mesinha onde haviam pilhas de livros, pegando outro em suas mãos.


Eu vou eu vou
Para casa agora eu vou
Parara-tim-bum
Parara-tim-bum

Eu vou
Eu vou
Eu vou
Eu vou
Eu vou


"Nós não temos pessoas suficientes para serem os anões, Shiroyama!" Jack já havia tirado a roupa de Chapéuzinho vermelho e agora vestia-se igual a um dos anões da Branca de Neve. Pela capa verde e o barrete roxo, ele era o Dunga.

"Claro que não precisamos de mais pessoas, Jackie." o sorriso de Takeo poderia dar voltas em seu rosto. "É só usarmos CG e multiplicarmos você, já temos nossos sete anões. Tamanho você tem."

Arata suspirou, olhando o namorado fugir de um irritado Jack, correndo pelo estúdio. O cenário havia mudado e agora era uma bonita casinha de palha no bosque florido, com uma mina ao longe. É, Branca de Neve. Ele nem gostava daquela princesa, mas havia conseguido o papel.

"Por que eu tenho que ser o narrador? Por que o Teruo sempre fica com o papel dos vilões?"

"Escuta aqui, Ikeuchi, você vai parar de reclamar ou não?" Era meio perturbador pensar que o guitarrista moreno ficara simplesmente uma visão naqueles trajes de Rainha Má, o vestido roxo, o batom vermelho e a coroa. "Porque depois eu vou ter que virar uma velha. Como se eu tivesse inveja do Arata."

"Hey!" o vocal estava indignado. Ele era bonito o suficiente para terem inveja de si, sim.

"Claro, a menos que você esteja naqueles concursos de pessoa mais gorda do mundo." Jack parou de correr atrás de Takeo para esganá-lo, mas ficou vermelho em seguida. "Sabem o que isso tá parecendo..?"

"As Histórias Que Nossas Babás Não Contavam." [1] foi a resposta de Teruo, que suspirou, tirando a coroa. "Vamos atrás de outra coisa, ou isso vai virar pornochanchada."


Salagadula, mexicabula, bibidi-bobodi-bu
Junte isso tudo e teremos então
Bibidi-Bobodi-Boo
Salagadula, mexicabula, bibidi-bobodi-bu

Isso é magia, acredite ou nao
Bibidi-Bobidi-Bu

A salagadula é, nem eu entendo esse angu
Mas a mágica se faz dizendo
Bibidi-Bobodi-Bu

Salagadula, mexicabula, bibidi-bobodi-bu
Junte isso tudo e teremos então
Bibidi-Bobodi, Bibidi-Bobodi, Bibidi-Bobdi-Bu

O vestido de baile azul celeste era bonito, a carruagem de abóbora parecia um sonho e a oportunidade de ir ao baile, então... Cinderella era muito grata à Fada Madrinha, que não se importou com a maldade da madrasta e de suas filhas más, ajudando a jovem coberta de fuligem.

"Esses sapatinhos de cristal estão me matando..." [2] Jin reclamou, enquanto mancava, erguendo a saia do vestido e vendo como seus dedos pareciam dar seta dentro do sapato de acrílico que fazia vezes de cristal.

O orçamento é baixo e eles já estavam gastando bem mais do que deveriam!

"Para de reclamar! Nós estamos sem dinheiro e é melhor você se acostumar. Nunca vi alguém reclamar tanto, cruzes!" Jack resmungou, passando pelo baixista. Ele havia ficado com o papel de Madrasta má e mãe do príncipe, porque eles tavam com falta de pessoal.

"Por que eu tenho que ser a velha de novo?" A expressão de desgosto de Arata era palpável. Dentro da capa lilás de laço cor-de-rosa e peruca branca, o vocalista já estava levando aquilo pro lado pessoal. "Eu estava feliz como Branca de Neve!"

Teruo e Jack se entreolharam. Seguravam o riso misturado com a expressão de desgosto.

"E por que eu tenho que ser o narrador de novo?" Takeo também não entendia. Ele seria o príncipe da Branca de Neve, mas o papel havia sido dado para Teruo. O que era bem injusto, uma vez que o guitarrista parecia querer quebrar o sapatinho de cristal na cabeça da Cinderella.

"Você poderia ser o narrador ou a fada madrinha. Ninguém é idiota de te dar uma varinha de condão, imagina o estrago que você faria." Jack rosnou, coçando a cabeça por baixo da peruca de Lady Tremaine. Aquilo esquentava!

"E se você fosse a fada, o primo teria que ser o príncipe, acho que não daria muito certo..." Jin comentou, sentando e tentando tirar aquele sapatinho apertado de seus pés, encarando com horror a forma como eles estavam inchados e roxos. "Minna... não quer sair."

"Pelo amor dos deuses, quem foi que conseguiu esse sapatinho número... 37? Jin, como você conseguiu enfiar isso no teu pé?"
"Para de reclamar, Terushii, era o único número que tinha e nosso orçamento tava no final."

"Primo, nós vamos ter que puxar. Segura na cadeira e fica firme."

"Tem manteiga na geladeira do estúdio? Fica mais fácil se passarmos..."

"TÁ DOENDO! VOCÊS VÃO ARRANCAR O MEU PÉ!"

"Imagina o trabalho que vai dar quando tivermos que fazer o príncipe colocar o sapato no pé da Cinderella de novo..."

"É só cortar os dedos, sem problema."

Pelos gritos do coitado do baixista e a força-tarefa empregada para arrancar-lhe o sapatinho de acrílico (ser pobre é uma dureza), parece que esse conto de fadas não vai sair tão cedo.


E viveram felizes para sempre.


Ou não.


[1] Pornochanchada de 1979, onde a Branca de Neve era Mulata, o Zangado era um anão gay e o Costinha era o Caçador :D Muito instrutivo!
[2] Homenagem à Kaline Bogard (o Jin!) e Yohjirella.

domingo, 1 de fevereiro de 2015

E então, o desafio.


Olha só. Eu resolvi começar um blog só para as postagens deste desafio. Pode ser que eu continue ele após terminar. Pode ser que não. WHO CARES? 8DDD

Kika me mostrou e a partir de hoje, 01/02 eu vou participar com o meu lindo personagem original, baterista da Psaiko, doido, mau humorado... Ryuutarou! Ou Jack para os íntimos.

Sendo assim, vamos aos desafios, lembrando que eu tenho apenas 48 horas para postar cada um:

Uma cena de comédia
Uma cena de amor
Uma cena de drama
Uma cena de ciúmes
Uma cena de morte
Uma cena que termine com: “(...) e, então, fechou seus olhos e sorriu. Sua missão estava completa."
Uma cena ambientada em algum país que você deseja conhecer
Uma cena em que um personagem escreve uma carta relatando suas saudades de outro personagem, sem romance.
Uma cena em que o protagonista faça algo que você sempre quis fazer
Uma conversa em que seu personagem preferido (seu ou de outra pessoa) interage com você de alguma forma.
Uma cena em que um personagem original seu vai ao psicólogo. Conte o que acontece em uma hora de consulta.
Marque em seu relógio 10 minutos. Poste tudo o que conseguir escrever nesse tempo.
Uma cena baseada em sua música favorita
Uma cena baseada em seu maior medo
Uma cena com seu personagem ficcional favorito (série de TV, filme, livro, etc)

Sooo... Let's play the game!